quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Festa no Colégio São Paulo: Visita do escritor Lino De Albergaria



O escritor Lino de Albergaria nos fará uma visita dia 14 de setembro às 8 horas.
Estamos nos preparando com alegria para receber o criador deMiguel, protagonista da história do livro Miguel e o sexto ano. 
Vamos conhecer um pouco mais sobre seu trabalho e sua dedicação à literatura,
É uma honra e um prazer.
O autor de muitas obras comemora 30 anos de trabalho.Temos muitos motivos para festejar.
Seja bem-vindo Lino de Albergaria!

Conheça um pouco mais sobre o autor.

"Formado em Letras e Comunicação, com mestrado em Editoração na Universidade de Paris, Lino de Albergaria nasceu em Belo Horizonte e morou durante algum tempo no Rio de Janeiro e São Paulo. Escreveu e publicou diversos contos em suplementos literários e revistas de todo o país. Tem histórias infantis publicadas na Bélgica. Autor de romances para o público adulto, a maior parte de seus livros é dirigida para o público juvenil. É doutor em Literaturas de Língua Portuguesa e também fez várias traduções de originais franceses".


Lino de Albergaria nasceu em Belo Horizonte, no dia 24 de abril de 1950, irmão mais novo de uma família de cinco filhos. A cidade, nas lembranças de sua infância, tinha muito mais árvores e as ruas eram de paralelepípedos, depois transformados em asfalto. Sobre esse chão, ainda havia os trilhos por onde corriam os bondes. Bandos de pombos cruzavam o céu de seu bairro e eram comuns os cachorros vira-latas, hoje desaparecidos como os pardais substituídos pelos bem-te-vis. Não fazia tanto calor, as noites eram mais frias, os prédios não eram tantos. Como a maioria das casas, aquela em que se criou, na rua Espírito Santo, perto da avenida do Contorno, tinha quintal, onde cachorros e galinhas conviviam com árvores de frutas: jabuticaba, manga, abacate, pitanga e goiaba.
As famílias vinham geralmente do interior, raros eram os pais e praticamente inexistentes ssoas.os avós nascidos na capital de Minas. Seu pai, que trabalhou com presidiários e crianças abandonadas, já gostava de ler e escrever. Sua mãe gostava de encadernar livros cujas capas gravava com letras douradas. Até que um dia quebrou a mão e não teve mais a força necessária para trabalhar com o couro. Passou a pintar pratos de porcelana e caixinhas de madeira. Tanto o pai quanto a mãe nasceram em fazendas e os filhos costumavam passar as férias num sítio que o pai tinha herdado. Ali, além de mais rústico, tudo era diferente da cidade, sobretudo os cheiros e os barulhos, além dos hábitos e das conversas das pe
Mas, na cidade, tinha um cômodo cheio de livros, o escritório do pai, quando trabalhava em casa, e também sua biblioteca. As primeiras histórias o menino ouviu em discos coloridos. Um deles era azul e contava a história de Ali Babá. Um dia ele abriu a porta da biblioteca vazia, depois de ter pela centésima vez escutado o disco. Lá dentro estava escuro, as paredes cobertas de livros dentro de estantes também escuras. Era misterioso como a caverna de Ali Babá. Ele podia dizer "Abre-te, sésamo" e os livros que ainda não conseguia ler piscavam os olhos para ele. As figuras os espiavam das capas, e o papel se entregava à exploração de suas mãos, quando puxava um ou outro volume para debaixo da mesa também escura, aonde se escondia do mundo, pensando em Ali Babá e na caverna dos tesouros. Um dia, ousou, pegou um lápis que tinha duas pontas, uma azul e outra vermelha, que era comum naquele tempo, e sobre as páginas de um livro rabiscou outro. Era sua primeira tentativa, ainda sem conhecer as letras, de ter um livro feito por ele.
Rapidamente, antes de entrar para a escola, aprendeu a ler. Continuou freqüentando o espaço debaixo da mesa na biblioteca vazia, que era calma, escura, uma caverna para onde fugir com os livros e se esquecer do quintal, das árvores, dos cachorros, da galinha Ximbica. Fez o curso primário, sempre gostando de escrever, num colégio que não durou muito, o Instituto Ariel, cujo nome vinha de um personagem de Shakespeare e fora dado por um poeta, Abgar Renault. Descobriu a adolescência em outra escola, bem perto de sua casa, o Colégio Estadual, com suas construções de formas tão inusitadas e que diziam lembrar os objetos escolares. O auditório, pelo menos, parecia os antigos mata-borrões e a caixa d'água, um giz. O arquiteto que imaginou aquele prédio chamava-se Oscar Niemeyer. Embora começasse a estudar literatura na escola, ainda não entendia a ligação de seus dois colégios com as pessoas e as idéias do modernismo. Também não pensava que aqueles eram os ares do seu tempo e quando, ainda aos dez anos, foi ver Juscelino Kubitschek na praça da Liberdade, apenas sabia que aquele homem era o presidente que havia mudado a capital.
Fez duas faculdades, uma pela manhã, outra à noite, Letras, ainda na rua Carangola, a poucas quadras de sua casa, e Comunicação, no Coração Eucarístico, que parecia tão longe. Os tempos mudavam, a cidade crescia, o governo era militar. Nasceu a vontade de conhecer o mundo, a liberdade parecia estar do outro lado do mar. Trabalhou um pouco, como redator de jornais de empresa, e logo que pôde, partiu para a França, pela primeira vez longe de sua cidade. Paris era todos aqueles cartões postais conhecidos, só que em movimento e uns se ligando aos outros, a pé ou de metrô. Era estranho caminhar sob a terra, como um tatu, e depois sair de novo para a luz, uma luz esmaecida, tão diferente da luminosidade intensa de Belo Horizonte. Uma boa parte do ano, Paris era cinza. De trem, seguia para o curso de editoração em Villetaneuse. De ônibus para Petit-Clamart, onde nevava de verdade e havia pinheiros sempre verdes, para o estágio na biblioteca infantil. Do outro lado do Atlântico, reencontra o escritório do pai, o mundo dos livros, que aprende a fabricar. O contato com as crianças faz com que escreva as primeiras histórias infantis, na verdade adaptações de contos populares.
No retorno ao Brasil, para trabalhar com os livros, vai viver em São Paulo. O escritor e o editor encontram espaço. Trabalha na Editora FTD, faz uma coleção didática e depois se dedica às coleções de literatura para os jovens. Tem uma curta passagem pelo Rio, assistindo a Rio Gráfica se transformar em Editora Globo. Além de editar outros autores, publica seus próprios textos em diversas casas de diversas cidades do país. Volta a São Paulo, faz free-lance para as revistas da Editora Abril. Assiste, nesse tempo, à redemocratização do país. Experimenta uma constante inquietação, a vida seguindo provisória e com gosto de aventura.
Ao voltar para Belo Horizonte, quer ter tempo para escrever e estudar. Escreve dois romances para adultos, um deles finalista da Bienal Nestlé de Literatura e o outro premiado no Concurso do Estado do Paraná e ainda finalista do Prêmio Jabuti. Passa a fazer um mestrado de literatura, em que compara aquele momento da literatura infantil com o florescimento dos folhetins no século XIX. Volta a trabalhar como editor, nas Editoras Lê e Dimensão. Sem abandonar os estudos, faz o doutorado. Escolhe como tema a cidade de Ouro Preto e o modernismo, na confluência dos trabalhos de Lucio Costa, Cecília Meireles e Guignard. O fascínio por Ouro Preto é a descoberta do contraponto de Belo Horizonte, perante a memória de um passado que Paris tem presente. Mas os livros continuam. Há um certo compromisso com os leitores e sobretudo com a escrita. Talvez por ainda haver uma dívida com a infância. A semente do sésamo tem de se abrir e se reproduzir, sempre em uma nova planta.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Um pouco mais sobre a história da Malala :)

A menina paquistanesa Malala Yousafzai é um dos grandes nomes da luta pelos direitos das mulheres. Seu engajamento fez com que ela se tornasse, aos 17 anos, a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2014.Malala queria apenas que ela e suas colegas tivessem o direito de estudar, o que, em seu país, é proibido para meninas. Mesmo perseguida, ela não se calou e nem desistiu de sua luta. Mas, em outubro de 2012, quando voltava da escola, foi atingida na cabeça com um tiro à queima-roupa. A justificativa do porta-voz do talibã é que ela seria um símbolo dos infiéis e obscenidade, uma ameaça contra o Islã.

Livros sobre Malala

Depois de um longo período de recuperação, contou sua história no livro "Eu sou Malala" (Ed. Companhia das Letras). "Minha meta ao escrever o livro era erguer a voz em nome de milhões de meninas ao redor do mundo às quais é negado o direito de ir à escola e realizar seu potencial. Espero que minha história possa inspirar as garotas a erguer suas vozes e a abraçar o poder que têm dentro de si", diz.
O tema é discutido também em outras publicações, como o livro da jornalista brasileira Adriana Carranca, que já cobriu a guerra no Paquistão e no Afesganistão e está lançando "Malala, a menina que queria ir para a escola" (Ed. Companhia das Letras). 

Direito das mulheres à educação

Para entender a luta de Malala é preciso saber, primeiro, que no Paquistão, assim como em outros países de ideologias extremistas islâmicas no Oriente Médio, as mulheres não têm os mesmos direitos que os homens. Delas, espera-se apenas que cozinhem e sirvam aos pais e irmãos. Enquanto eles podem andar livremente pela cidade, elas não têm autorização para sair de casa sem que um parente do sexo masculino as acompanhe.
Sempre com o apoio do pai, Malala diz que decidiu muito cedo que, com ela, as coisas não seriam assim, o que era quase impossível perante as leis severas que tentavam controlar desde relacionamentos até atitudes banais do dia a dia, misturando cultura e heranças religiosas para agir contra os direitos das mulheres.

História de Malala

Filha mais velha de um professor, Malala desde cedo teve o incentivo do pai para estudar. Ainda antes do nascimento da filha ele já havia fundado uma escola que recebia meninos e meninas. Como quase nunca os estudantes tinham condições de pagar uma mensalidade, a luta do pai de Malala sempre foi grande para não fechar a escola, já que a família deles também sobrevivia em condições precárias.
As coisas ficaram ainda mais difíceis quando o Talibã, grupo político radical, tomou controle da região onde viviam (o vale do Swat, a 160 quilômetros de Islamabad, capital do Paquistão) impondo regras rigorosas. Por várias vezes tentaram fechar a escola ou até mesmo destruí-la. "Escondíamos nossas bolsas e nossos livros sob o xale. Meu pai sempre dizia que a coisa mais bonita nas aldeias era ver as crianças usando uniformes escolares. Mas agora tínhamos medo de usá-los", conta, no livro.
Apesar disso, Malala, embora ainda muito jovem, não se calou e seguiu firme em seu ativismo. Dava entrevistas, expunha suas ideias e chegou a ganhar alguns prêmios. “Sentar numa cadeira, ler meus livros rodeada pelos meus amigos é um direito meu”, diz.
Depois do atentado e de um longo período entre a vida e a morte, ela foi exilada em Londres com toda a sua família. Mas sonha ainda com o dia em que poderá voltar ao seu país e viver livremente. "Acredito firmemente que retornarei. Ser arrancada de uma nação que se ama é algo que não se deseja a ninguém".

PROJETO: TEM CARTA PRA MIM?

 https://www.youtube.com/watch?v=ZQryoP4pNXg

http://www.pop.com.br/musica/dia-carteiro-10-musicas-que-falam-sobre-cartas/

https://www.youtube.com/watch?v=qrYrOaXsNqE

http://trocandocartas.blogspot.com.br/2011/03/cartas-pra-voce-nx-zero.html

http://letras.mus.br/roupa-nova/63798/

https://www.youtube.com/watch?v=M1y5JuW1QeU

https://www.youtube.com/watch?v=V4NJepYXPSQ

https://www.youtube.com/watch?v=3VT5j1CV-hQ

https://www.youtube.com/watch?v=thY0YfViBwo

https://www.youtube.com/watch?v=4QQILd1FEgQ

https://www.youtube.com/watch?v=--CT9lY6sAU

https://www.youtube.com/watch?v=a4CnKN8SFKg

https://www.youtube.com/watch?v=IC1Q3G9tNnI

https://www.youtube.com/watch?v=LBZiqoPojSQ

https://www.youtube.com/watch?v=tldWrZ2GSEk

https://www.youtube.com/watch?v=A5npOj2eHyk

https://www.youtube.com/watch?v=rY6FwpmUdM0

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Mauricio de Sousa e seu 80 anos

O desenhista Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, que completa em outubro deste ano 80 anos de idade, é o homenageado na 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro, que começa hoje (3) no Riocentro, em Jacarepaguá, zona oeste da cidade. Uma exposição em área de 190 metros quadrados (m²) contará a história de Sousa, que receberá na Bienal o Prêmio José Olympio, do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel). Em 1959, o desenhista criou seu primeiro personagem, o cãozinho Bidu. Depois, vieram Cebolinha, Cascão, Mônica, Magali entre outros. Em 1970, lançou a revista Mônica.
“O maior orgulho de um autor é estar próximo de seus leitores e receber aquela energia para continuar a criar ideias e histórias”, disse Sousa, em entrevista à Agência Brasil. Acrescentou que se sente honrado em ser homenageado em um evento maior como a Bienal do Livro do Rio.

Primeiro desenhista de histórias em quadrinhos do mundo a entrar em uma academia de letras (a Academia Paulista de Letras), o cartunista afirmou que estar em contato com escritores do quilate de uma Lygia Fagundes Telles, um José Goldemberg e um Paulo Bomfim, entre outros, é um presente. "É o reconhecimento de que as histórias em quadrinhos têm uma contribuição importante para o estímulo à leitura das crianças, engrandece a linguagem, onde palavra e desenho se unem perfeitamente”.
Para o jovem que está começando nessa carreira, recomendou que deve fazer o que gosta e ser esforçado. Essa “é a base para tudo dar certo”.
A Maurício de Sousa Produções já publicou mais de 1 bilhão de revistas pelo mundo. Sousa destacou, entretanto, que o mais importante foi manter um “público constante nesses 55 anos de trabalho”. Atualmente, o Brasil, por meio das publicações ou animações do desenhista, está presente em cerca de 30 países. “Estive há alguns meses na Coreia do Sul e no Japão, onde estamos acertando publicações e nossos produtos nas lojas por lá”, informou.

Os conteúdos da Turma da Mônica estão também disponíveis nos livros didáticos no Brasil. No ano passado, foram mais de 520 livros, em 58 editoras diferentes. Segundo Sousa, a cada ano, esse número cresce. “Além de livros publicados por várias editoras, temos nossos desenhos em livros didáticos que somam esses números gigantes. Isso demonstra que estamos no caminho certo nas propostas editoriais e na diversidade de títulos que produzimos”.
 
Planos
Sobre os planos para 2016, o desenhista disse que são muitos, “(não os infalíveis do Cebolinha) com as séries das graphic novels MSP (projeto que consiste em histórias dos personagens do estúdio feitas por artistas brasileiros consagrados e com estilos diferentes do padrão das revistas mensais), que estão fazendo grande sucesso de público e crítica”. Ele informou que está em criação, para lançamento em três ou quatro anos, a Turma da Mônica Adulta. Os mesmos personagens que encantam as crianças estarão com 25 anos e, a cada ano, fazendo aniversário junto com os leitores. "É uma ideia audaciosa para os quadrinhos. Mas é isso o que fazemos: criar histórias para leitores de todas as idades”.
Durante a Bienal do Rio, serão apresentados 42 lançamentos com os personagens do desenhista. Questionado se imaginava, no início da carreira, que chegaria tão longe, disse que o sucesso não se programa. "Ele acontece naturalmente se houver um trabalho bem desenvolvido e respeito ao leitor”.
Para Maurício de Sousa, os livros são matéria-prima para a formação de uma pessoa. Ele lembrou que a leitura é a melhor forma de exercitar a criação. “É participativa e educativa. Uma criança que não lê está perdendo uma experiência inesquecível”. O desenhista disse que acredita que tanto no livro impresso quanto na internet, a leitura vai sempre ter seu lugar de destaque. “Basta ver o número de títulos infantojuvenis lançados pelas editoras atualmente. Minha alegria é saber que não estou formando apenas leitores, mas também bons escritores. E com bons escritores, sempre haverá muitos leitores”.

Números recordes

A 17ª Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro vai apresentar, durante 11 dias, uma programação com novas atividades e, pelo menos, dois recordes em relação às edições anteriores. Marcarão presença no evento mais importante do mercado editorial brasileiro mais de 200 autores de diversos estilos, 27 estrangeiros.
Outro recorde é o das inscrições para a visitação escolar. Em apenas uma hora, 145 mil alunos do ensino fundamental das redes pública e particular preencheram as vagas da iniciativa que, ao longo da história da Bienal, já levou milhares de crianças e adolescentes a se aproximarem do universo literário nos corredores do Riocentro.
Para fomentar o interesse pela leitura, os estudantes da rede pública recebem, ao chegar ao evento, uma “nota bienal” no valor de R$ 5,50, que poderá ser trocada por um livro no mesmo valor. O projeto possibilita aos inscritos a oportunidade de pesquisar, adquirir títulos, manusear exemplares e criar uma rede de trocas entre colegas após a leitura.
Este ano, serão novamente 950 expositores, ocupando uma área total de 80 mil m², 25 mil a mais do que na edição anterior. De acordo com a previsão do Snel, organizador do evento juntamente com a empresa Fagga, mais de mil títulos serão lançados e cerca de 2,5 milhões de exemplares deverão ser vendidos na Bienal, que tem expectativa de faturamento de R$ 58 milhões.
A Argentina é o país homenageado nesta edição do evento. A delegação de escritores do país vizinho é composta por nomes como Martín Kohan, Tamara Kamenszain, Eduardo Sacheri, Claudia Piñeiro, Mariana Enríquez, Sergio Olguín, Luciano Saracino, o cartunista Tute e o crítico literário Noé Jitrik.
A lista de autores internacionais abrange ainda o britânico David Nichols, os norte-americanos Julia Quinn, Leigh Bardugo, Raymond E. Feist, Collen Hoover e Jeff Kinney, o francês Jacques Leenhardt, organizador de uma edição especial de Viagem pitoresca e histórica ao Brasil, de Debret, e o português Pedro Chagas Freitas. Brasileiros ou estrangeiros, os autores vão entrar em contato direto com seu público em ambientes informais como o Café Literário, Cubovoxes, a Conexão Jovem, o Encontro com Autores e SarALL.
O SarALL é uma novidade para incrementar ainda mais a diversidade de públicos e conteúdos da Bienal. O evento, que ocorre de sexta-feira (4) a domingo (6), é feito em conjunto com a Flupp – a Festa Literária das Periferias. O ambiente vai reunir poetas e grupos originários de diferentes regiões do país para trocar experiências e manter viva a tradição poética oral, em interação com a plateia, que terá microfone à disposição.
Para os pequenos leitores, a 17ª Bienal terá duas atrações inéditas. No Bamboleio, as crianças participarão de brincadeiras que envolvem culturas de todos os países – aprendendo, assim, a importância de conviver com as diferenças. Uma arena montada na parte central do espaço infantil será palco das batalhas dos primeiros Jogos Literários da Bienal. As crianças e suas famílias serão convidadas a participar, durante os 11 dias do evento, de disputas que envolvem soletração, adivinhação de sinônimos e antônimos e brincadeiras, sempre conduzidas por atores circenses.
O desenhista Maurício de Sousa

Comentário,e analise critica sobre o meu Blog.

Giovana Camilo,
Gostaria de parabenizar o seu blog. Está muito interessante e super completo!
Achei muito legal o Colégio São Paulo ter dado a oportunidade dos alunos de trabalhar virtualmente, com vários projetos. 
E também a professora Maria de Lourdes de ter ajudado e incentivado, sedendo as suas aulas para a produção de textos, poesias e vário outros trabalhos que ajudam no desenvolvimento da crianças.
Vocês estão de Parabéns!!!!!!
Beijos do seu Pai Robert. :)

Música do tema "carta"

CARTAS PRA VOCÊ - NX ZERO

Eu tento te esquecer
Mas tudo que eu escrevo
É sobre você
Eu não posso me enganar
Fingir que estou bem
Porque não estou
Preciso de você
Preciso de você
Essa noite
E hoje estou aqui
Só pra te cobrar
O que você disse
Que iria ser pra sempre
Mas não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa carta
Pra lembrar
Eu passo tanto tempo
Só te procurando
Em um outro alguém
Mas não posso me enganar
Sinto sua falta
E ninguém pode ver
Preciso de você
Preciso de você
Essa noite
E hoje estou aqui
Só pra te cobrar
O que você disse
Que iria ser pra sempre
Mas não foi assim
Agora o que me resta
Escrever nessa carta
Preciso de você.


História do selo no Brasil

Como efeito do nascimento do selo postal adesivo na Europa (Inglaterra, 1840) e a expansão de sua utilidade para além desse continente deriva o início da utilização do mesmo no Brasil. Mas essa assertiva é a que menos importa. Não foi apenas porque alguém selou alguma correspondência e a enviou às Terras do Brasil, que ao selo postal lhe foi atribuída a sua função primeira na neófita república. Um questionamento pode ser feito: por quê o Brasil foi um dos primeiros países ou uma das primeiras nações a emitir um selo postal adesivo? Decerto, podemos pensar que com o processo da Independência iniciada em 1801 e culminando em 1822, segundo os historiadores atuais, esse novo Brasil tinha relações diplomáticas estáveis com os soberanos ingleses.[1]
Alguns autores têm opiniões sobre como as relações entre Brasil e Inglaterra, em âmbitos políticos e comerciais, foram fundamentais ao surgimento do selo postal adesivo no Brasil. Altman defende que instado por um cônsul astuto em Londres, Brasil foi o primeiro país a seguir a Inglaterra.[2] Segundo Almeida e Vasquez foram as estreitas relações comerciais e políticas entre o Império brasileiro e o britânico que no período favoreceram a absorção quase que imediata da novidade entre nós.[3] Nagamini (2004, p. 156) relata que com a derrota de Napoleão, não havia motivos para a permanência de Dom João no Brasil, pois Portugal era governado por uma junta inglesa sob o comando do Marechal Beresford.[4] Marson, (1989, p. 74) afirma que o Brasil cedeu a uma parte das exigências britânicas pois estas beneficiavam, em parte, os negócios de certos empresários brasileiros.[5]
No território brasileiro algumas atitudes e decisões, mesmo diante de revoltas espalhadas por toda nação, foram decisivas para a aceitação do selo postal adesivo. Como no caso inglês, várias são as perspectivas de leituras tanto político-econômicas, quanto sócio-culturais, sobre as causas prováveis que culminaram com a emissão do selo postal adesivo no Brasil. Dando sequência ao nosso recorte histórico, passamos a dar atenção ao sistema de correios brasileiro, que realizou uma reforma postal bem antes dos Portugueses. No entanto, é sabido que a vinda da família real para o Brasil contribuiu para uma reforma ampla no sistema de correios brasileiro. O progresso do comércio, o estabelecimento da imprensa e a abertura dos portos eram condições sine qua non para que a comunicação real fosse aperfeiçoada.
Um ano após o lançamento do primeiro selo postal adesivo, na Inglaterra, em 1840, tem início o Segundo Reinado, no Brasil, coroando [[D. Pedro II], em 17 de julho de 1841. Nesse novo cenário político-administrativo e depois de agitados anos do período regencial, o novo regente aprova, em 29 de novembro de 1842, dois Decretos - n° 254 e n° 255 - que instituíam o uso do selo postal adesivo nas correspondências brasileiras, efetuando-se nos correios do Império o porte antecipado das cartas. Assim como na Inglaterra, a emissão do primeiro selo postal adesivo, no Brasil, foi problemática. Também como ocorreu além-mar, pessoas vinculadas ao Império estavam engajadas em elaborar uma estampa que o representasse satisfatoriamente. Eram funcionários ou encarregados de instituições vinculadas ao Império, como por exemplo: a Casa da Moeda, a Diretoria Geral dos Correios do Império, Secretaria de Estado do Império etc.
Podemos afirmar que, nesse sentido, um pequeno Brasil impele um grande Brasil por meio das estampas impressas nos selos postais adesivos. Essa prática de exercer o poder, seja ele político ou econômico, não começou com os selos e nem com eles terminou. Um seleto grupo de pessoas cultas e elitizadas centralizavam as suas ideologias e visavam uma unidade política. O selo postal adesivo tem uma densidade ideológica, por centímetro quadrado, maior que qualquer outra forma de expressão cultural midiática.[6] O surgimento desse artefato teve como uma de suas causas as disputas político-econômicas. Almeida e Vasquez relatam como ocorreu a problemática da emissão do primeiro selo postal brasileiro e como o governo contornou a situação, tomando um rumo distinto daquele tomado pela realeza britânica: Inicialmente, era desejo do governo imitar o primeiro selo postal inglês, utilizando a efígie do Imperador D. Pedro II. Com essa intenção, o presidente do Tesouro enviou ao provedor da Casa da Moeda, Camilo João de Valdetaro, alguns exemplares de selos ingleses para saber se o mesmo modelo poderia ser aqui empregado. A resposta foi afirmativa, pesar do estabelecimento não contar com todos os equipamentos necessários. No entanto, chama atenção um Ofício enviado pelo provedor ao presidente do tesouro que demonstra preocupação com o modelo adotado pela Coroa inglesa: ‘[...] como nessa repartição é onde naturalmente se hão de fazer os selos ou chapas [...] julguei do meu dever levar ao conhecimento e V. Exª esta dúvida [...]. Na Inglaterra usam a efígie da rainha cm o valor da respectiva taxa [...]. Entre nós, além de impróprio, pode dar lugar a continuadas falsificações: usa-se, aqui, por princípio de dever e respeito pôr a efígie do monarca só em objetos perduráveis ou dignos de veneração, e nunca naqueles que, por sua natureza, pouco tempo depois de feitos têm de ser necessariamente inutil]izados.[7]
Exatamente em 1° de agosto de 1843 os Correios do Império colocaram em circulação, na Corte, os três primeiros selos postais brasileiros, conhecidos como Olhos-de-Boi.

Histórias sobre as cartas.

Carta, missiva ou ainda epístola é um tipo de correspondência, com ou sem envoltório, sob a forma de comunicação escrita, de natureza administrativa, social, comercial, ou qualquer outra, que contenha informação de interesse específico do destinatário, de acordo com a Legislação Brasileira.[1]
A carta é o elemento postal mais importante, é um meio de comunicação visual, constituída por algumas folhas de papel fechadas em um envelope, que é selado e enviado ao destinatário da mensagem através do serviço dos Correios.
Nos primórdios da entrega das cartas quem pagava a postagem era o destinatário e isso só se alterou com a criação dos selos quando se passou a, previamente, o remetente colocar na sobrecarta (envelope) a quantidade de selos correspondente ao porte (valor da tarifa de serviço), garantido assim a entrega da carta ou a sua restituição no caso de não ser encontrado o destinatário.
Atualmente a carta vem sendo substituída pelo e-mail, que é a forma de correio eletrônico mais difundida no mundo, mas ainda há pessoas que pelo simples prazer de trocar correspondências físicas preferem utilizar o método da carta.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Lino de Albergaria

Comemorando os seu 30 anos de carreira de Lino de Albergaria 
O escritor mineiro Lino de Albergaria conversou com oArte Clube sobre as comemorações de seus 30 anos de literatura. Ele está lançando dois romances, simultaneamente:  "Os 31 Dias" e "Um Bailarino Holandês", pela Editora Scriptum.

Em “Os 31 dias”, uma mulher decide escrever a própria história,na qual vê pontos de semelhança com a conhecida narrativa oriental. Sua inspiração é Duniazade, a irmã mais jovem e pouco conhecida de Sherazade, ambas personagens de “As mil e uma noites”. Assim, durante 31 dias, recolhida em uma casa de campo, mergulha em sua tarefa, escondendo-se sob uma personalidade falsa e criando um cenário e uma vida virtuais para disfarçar suas próprias memórias. Percorrendo um itinerário imaginário das ruas de Belo Horizonte, recorre ao fingimento para disfarçar a timidez e os momentos conflituosos vividos na juventude. Não fugindo da constatação de sua forte sexualidade, vai recompondo um espelho trincado, diante do qual, finalmente, decide se mostrar.
 
Já “Um bailarino holandês” se passa em um dos principais pontos turísticos de Belo Horizonte: o Palácio das Artes. Na livraria, no subsolo do edifício, o jovem vendedor observa um leitor folheando um livro. É um álbum de fotografias da cidade. Intrigado com a cena em que o outro tanto se demora – o próprio local onde estão, mas visto do alto, o livreiro começa mentalmente a criar uma ficção protagonizada por seu cliente, que esquece no local um bilhete para um espetáculo de dança que haverá à noite no Grande Teatro, também situado naquele prédio. Um jogo dramático e erótico passa a ecoar o confronto de dois homens cujos gestos se deixam comandar por fortes referências da literatura, do cinema, das artes plásticas, da música, do teatro e da dança, revividos no interior de um ambiente arquitetônico construído para festejar a arte, chamada, neste livro, para configurar e vestir os desejos e a solidão humanos.